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Um coração despedaçado simboliza a síndrome do coração partido, condição que conecta emoções intensas a sintomas físicos reais.

Síndrome do Coração Partido – Cardiomiopatia de Takotsubo

A Cardiomiopatia de Takotsubo, também conhecida como Síndrome do Coração Partido, é uma disfunção temporária e também reversível do músculo cardíaco. Ela ocorre quando o indivíduo passa por um grande estresse físico ou emocional. Em muitos casos, a pessoa pode confundir os sintomas com os de um ataque cardíaco, já que há o enfraquecimento anormal do coração. 

Este processo lembra uma armadilha japonesa para polvos, conhecida como Takotsubo, por isso o nome da cardiomiopatia.

A maioria dos pacientes consegue se recuperar completamente desta condição. Alguns em algumas semanas ou meses, desde que seja feito o tratamento adequado de suporte.

Neste artigo, falaremos mais sobre esse problema, as principais causas, o diagnóstico e a melhor forma de tratar. Para saber mais, continue a leitura! 

O que é a Síndrome de Coração Partido?

Como citamos anteriormente, a Síndrome de Coração Partido é uma condição cardíaca desencadeada quando o indivíduo passa por uma experiência emocional negativa forte.

Embora tenha sintomas semelhantes aos de um infarto, são condições diferentes. Além disso, essa cardiomiopatia é totalmente reversível, principalmente se for tratada adequadamente.

É muito comum que ela ocorra após a morte de uma pessoa querida, o término de um relacionamento, a perda de um emprego, o descobrimento de alguma doença grave, entre outras questões. 

O excesso de adrenalina causado pelo trauma atravessado pode ser o responsável pelo surgimento da doença. Assim, o músculo cardíaco tem seu funcionamento prejudicado, o que acarreta alterações importantes. 

Sintomas da Síndrome de Coração Partido

Conforme a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, essa síndrome tem sinais muito parecidos com os observados em um princípio de infarto agudo do miocárdio. Dentre eles estão:

  • Dificuldades para respirar;
  • Dor súbita no peito;
  • Náuseas e vômitos;
  • Desmaios;
  • Tonturas;
  • Cansaço excessivo, entre outros.

O ponto mais importante é procurar ajuda médica assim que os sintomas surgirem. Afinal de contas, apenas os profissionais da saúde têm capacidade para avaliar a gravidade do quadro.

A Síndrome do Coração Partido é um problema transitório. Isso significa que é comum que o músculo cardíaco volte ao seu estado original após um determinado período. Até que isso ocorra, pode ser necessário que o paciente faça um tratamento medicamentoso.

A ideia é que os remédios contribuam para a redução do estresse da musculatura do coração, permitindo que ele relaxe e que o sangue possa fluir com mais facilidade.

Além disso, o médico pode achar necessário receitar medicamentos para a dor e para tratar as causas emocionais responsáveis pela condição. 

Dependendo do caso, o paciente pode ser hospitalizado para que o quadro seja acompanhado de perto pela equipe. Isso é mais comum quando o indivíduo já apresenta algum tipo de problema cardíaco ou se já sofre com outras condições, inclusive psicológicas. 

Diagnóstico da Cardiomiopatia de Takotsubo

O diagnóstico da Cardiomiopatia de Takotsubo envolve a realização de exames, principalmente os de imagem. Dentre os principais procedimentos estão o eletrocardiograma (ECG) e o exame de sangue, solicitados para análise das enzimas cardíacas. 

Além disso, são solicitados exames como: ecocardiograma, ressonância magnética cardíaca e angiografia coronária. Estes procedimentos servem para confirmar se há ou não ausência de obstruções nas artérias que podem levar o paciente a um infarto.

Em resumo, é imprescindível que o médico responsável avalie cuidadosamente o histórico clínico do paciente, incluindo saber se existe algum evento responsável pelo estresse emocional ou físico. 

Entenda melhor o que cada exame avalia:

Eletrocardiograma: responsável pelo registro da atividade elétrica do coração. Pode apresentar alterações que indicam um infarto ou uma simulação.

Hemograma: o procedimento consegue identificar o nível de enzimas cardíacas, como a troponina. Caso estejam muito elevadas, podem indicar um infarto agudo do miocárdio.

Ecocardiograma: esse é um ultrassom do coração cujo objetivo é analisar a estrutura e o movimento das câmaras cardíacas. O exame é o responsável pela identificação de um possível enfraquecimento ou falta de capacidade de bombeamento do ápice do ventrículo esquerdo.

Angiografia Coronária: é considerada mais invasiva, porém permite visualizar com mais clareza as artérias coronárias. Seu ponto forte é poder confirmar se há ou não algum bloqueio significativo nas artérias.

Ressonância magnética cardíaca: pode ser solicitada para analisar a extensão de anormalidades ventriculares e demais complicações.

Avaliação clínica na Síndrome do Coração Partido

Não apenas os exames são responsáveis pelo diagnóstico. Afinal, é preciso obter um histórico do paciente, principalmente para a identificação da presença de algum tipo de evento de estresse emocional ou até mesmo físico. Isso ajuda a entender o que pode ser o causador dos sintomas.

Em suma, a anamnese é um dos processos mais importantes para que o profissional da saúde possa fechar o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado. 

Tratamento adequado

O tratamento pode incluir medicamentos semelhantes aos que são utilizados em casos de ataque cardíaco. Dentre eles estão os inibidores de ECA, responsáveis pelo controle da pressão arterial e redução da inflamação. 

Os betabloqueadores ajudam a diminuir a frequência cardíaca, enquanto os diuréticos reduzem o acúmulo de líquidos no organismo. Já a aspirina é recomendada para a melhora na circulação sanguínea. 

Além disso, os pacientes podem ser hospitalizados visando monitorar sua condição de maneira constante. 

Considerações finais

A Síndrome do Coração Partido é um problema que pode ocorrer após um estresse emocional muito forte. Embora tenha sintomas semelhantes a um infarto e outras condições cardíacas, há tratamento eficiente.

Alguns casos podem ser tratados apenas com medicamentos e outros podem ser passíveis de internação para monitoração constante. De qualquer forma, o primeiro passo envolve buscar ajuda médica assim que os sintomas começarem a surgir.

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